Miguel Jorge, manual de banda desenhada, episódio 173
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O convidado desta vez é o Miguel Jorge, autor de banda de desenhada e ilustrador que conheci há uns anos no THU (Trojan Horse was a Unicorn). Falámos na altura em conversar para o podcast, e os anos foram passando e não acontecia. Na última quinta-feira, estivemos ambos presentes na apresentação do livro da nossa amiga Raquel Costa, e decidimos que já era tempo.
Falámos sobre o seu percurso, como é costume por aqui, e foi interessante ver como uma paixão de criança, desenhar, se foi transformando na sua arte e sua profissão. Pela simplicidade com que foi acontecendo, poderia parecer fácil, mas nem sempre foi. Se por um lado havia mais facilidade em chegar às pessoas que tomavam decisões, quando o Miguel começou, por outro lado era território novo que não tinha muitas referências para seguir e/ou copiar.
A atitude de curiosidade e abertura do Miguel, têm-lhe permitido encarar as coisas que nem sempre correm como planeado, como aspectos a melhorar e não como falhas. Percebe-se ao conversar com o Miguel que existe uma ética de trabalho que possibilita que as pessoas com quem trabalha continuem a trabalhar com ele, e que o recomendem como alguém com quem é fácil trabalhar.
O Miguel referiu, acerca disto, os conselhos do Neil Gaiman para freelancers, que se tivermos duas de três coisas, vamos conseguir ter uma carreira.
E quais são essas três coisas?
- O nosso trabalho é bom - pode ser fruto de muito trabalho, talento, mas sobretudo uma combinação de ambos.
- Somos pessoas fáceis de lidar - no fundo temos as capacidades relacionais que nos permitem manter boas relações
- Entregamos os trabalhos a tempo - não falhamos prazos, revelando fiabilidade e compromisso
O Miguel refere que no seu caso serão mais as duas últimas, sabendo que a qualidade do trabalho está lá, e a busca pela melhoria faz parte do modo de estar dele.
Outra coisa que foi referida foi algo que ele aprendeu no THU, a necessidade de apresentar trabalhos finalizados quando estamos a mostrar portfólio, não servem esboços de coisas que podem ser milhares de coisas, mas que na verdade não chegam a ser nada. Feito é melhor que perfeito nunca feito.
Ouçam o episódio e digam-me o que acharam, rui@falarcriativo.com.
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