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Programa Ficha Técnica | 06 | Da lama ao caos

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Em sua sexta edição, o programa Ficha Técnica tem como tema o disco "Da lama ao caos", da Nação Zumbi.

Criação/produção/apresentação: Larissa Campos e Raul Fortes

Edição: Luciano Campbell

Acesse: www.instagram.com/programafichatecnica

Música também é luta

(Larissa Campos e Raul Fortes)

Quando Chico Science e a Nação Zumbi lançaram “Da lama ao caos”, em 1994, não imaginavam a relevância que esse trabalho teria para a música brasileira. O disco consolidou um movimento artístico que ficou conhecido como Manguebeat. Do ponto de vista musical, a ideia era misturar ritmos regionais, como o maracatu, ao rock, hip hop, música eletrônica e outros estilos.

Desse caldeirão, nasceram bandas como a Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Sheik Tosado e Mestre Ambrósio, que se dedicaram a modernizar o passado a partir da música, como Chico Science declarou no “Monólogo ao pé do ouvido”, faixa de abertura do disco.

A relevância do Manguebeat vai muito além da diversidade rítmica. O nome do movimento se refere ao mangue, um ecossistema típico da costa do nordeste brasileiro, e beat, palavra inglesa que significa batida. Ou seja, é a batida do Mangue.

Nas letras das músicas, o movimento se fortaleceu como um grito do homem do mangue, abandonado econômica e socialmente. As canções abriram espaço para falar das desigualdades sociais do Recife e de outras cidades do Nordeste.

Mas além de falar dos problemas, os músicos também convidavam as pessoas para agir. O próprio movimento era uma forma de ação coletiva. Na faixa “Monólogo ao pé do ouvido”, Chico Science diz que o homem coletivo sente necessidade de lutar. Foi a necessidade de lutar que levou esse coletivo de artistas nordestinos a se organizar, usando a arte para chamar a atenção do público e provocar reflexões.

Organizados, eles conseguiram ultrapassar fronteiras e deixaram o nome marcado na história da música brasileira. Dessa forma, puderam comprovar, na prática, que quando nos organizamos podemos desorganizar o sistema e colaborar para que mudanças efetivas possam acontecer na sociedade.

Viva chico science! Viva a nação zumbi! Viva o Manguebeat!

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(Larissa Campos e Raul Fortes)

Quando Chico Science e a Nação Zumbi lançaram “Da lama ao caos”, em 1994, não imaginavam a relevância que esse trabalho teria para a música brasileira. O disco consolidou um movimento artístico que ficou conhecido como Manguebeat. Do ponto de vista musical, a ideia era misturar ritmos regionais, como o maracatu, ao rock, hip hop, música eletrônica e outros estilos.

Desse caldeirão, nasceram bandas como a Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Sheik Tosado e Mestre Ambrósio, que se dedicaram a modernizar o passado a partir da música, como Chico Science declarou no “Monólogo ao pé do ouvido”, faixa de abertura do disco.

A relevância do Manguebeat vai muito além da diversidade rítmica. O nome do movimento se refere ao mangue, um ecossistema típico da costa do nordeste brasileiro, e beat, palavra inglesa que significa batida. Ou seja, é a batida do Mangue.

Nas letras das músicas, o movimento se fortaleceu como um grito do homem do mangue, abandonado econômica e socialmente. As canções abriram espaço para falar das desigualdades sociais do Recife e de outras cidades do Nordeste.

Mas além de falar dos problemas, os músicos também convidavam as pessoas para agir. O próprio movimento era uma forma de ação coletiva. Na faixa “Monólogo ao pé do ouvido”, Chico Science diz que o homem coletivo sente necessidade de lutar. Foi a necessidade de lutar que levou esse coletivo de artistas nordestinos a se organizar, usando a arte para chamar a atenção do público e provocar reflexões.

Organizados, eles conseguiram ultrapassar fronteiras e deixaram o nome marcado na história da música brasileira. Dessa forma, puderam comprovar, na prática, que quando nos organizamos podemos desorganizar o sistema e colaborar para que mudanças efetivas possam acontecer na sociedade.

Viva chico science! Viva a nação zumbi! Viva o Manguebeat!

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