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Festival de Cannes começa com diretor-geral elogiando cinema brasileiro

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A participação brasileira no 77° Festival de Cinema de Cannes confirma a boa recuperação da produção cinematográfica nacional. Sete filmes foram selecionados em várias mostras. Sem falar do documentário “Lula” do americano Oliver Stone, que será exibido fora da competição. O maior festival de cinema do mundo começa na noite desta terça-feira (14) com a exibição da comédia francesa “Le Deuxième acte” (O segundo ato), mas uma greve e promessas de novas revelações de abusos no cinema francês ameaçam o tradicional glamour de Cannes.

Adriana Brandão, enviada especial da RFI à Cannes

O Brasil está na disputa pela Palma de Ouro com “Motel Destino” de Karim Aïnouz, que está na competição pelo segundo ano consecutivo. Rodado no Ceará, estado natal do cineasta, o longa é uma “história de amor” protagonizada por Fábio Assunção. O curta “Amarela”, de André Hayato Saito, que aborda a discriminação contra pessoas de origem asiática, também está na competição oficial.

“Motel Destino” e “Amarela” são os únicos representantes da América Latina na disputa pela Palma de Ouro. Ainda na seleção oficial, na mostra Cannes Classic, a exibição da versão restaurada de “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues, em uma homenagem do festival aos 70 anos da produtora de Lucy e Luiz Carlos Barreto. Sem esquecer do documentário “Lula” sobre os anos de prisão e a volta ao poder do atual presidente brasileiro. O filme do veterano cineasta americano Oliver Stone será exibido fora da competição.

Em entrevista coletiva concedida na segunda-feira (13), véspera da abertura, o diretor-geral do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, elogiou a atual fase do cinema brasileiro.

Segundo ele, “tem algo no ar acontecendo no cinema brasileiro ao contrário da Argentina que passa por uma situação difícil”. Frémaux se disse “feliz de ver que Lula e seu governo permitem a volta com força e um novo dinamismo no cinema brasileiro” e concluiu enfático: “Bem-vindo de volta”.

Mostras paralelas

“Baby”, o segundo longa de Marcelo Caetano, descrito como um melodrama queer, integra a Semana da Crítica. O documentário “A queda do céu", de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, será exibido na Quinzena dos Cineastas. O longa sobre a cosmologia Yanomami é baseado no livro homônimo do xamã Davi Kopenawa e do antropólogo francês Bruce Albert.

Também na competição da Semana da Crítica, o curta “A menina e o pote”. A animação distópica é assinada por Valentina Homem. O longa “Moa”, do diretor cubano Marcel Beltrán, radicado em São Paulo, é um dos dez projetos selecionados pela Fábrica do Cinema do Instituto Francês, que tem o apoio da RFI.

Principais concorrentes à Palma de Ouro

“Motel Destino” concorre com obras de grandes nomes do cinema mundial. Ao todo, são 22 longas na disputa pelo prestigioso prêmio. Entre eles, o aguardado “Megalópolis”, o último filme do veterano diretor americano Francis Ford Coppola, vencedor de duas palmas de ouro.

Vale destacar ainda “The Shrouds” (Mortalhas); do canadense David Cronenberg, “Emilia Perez”; do francês Jacques Audiard; “Kinds of Kindness” (Tipo de Bondade), do grego Yórgos Láthimos interpretado pela atriz fetiche do cineasta Emma Stone, “Limonov”, do diretor russo dissidente Kirill Serebrennikov, ou “Grand Tour” (Grande volta) do português Miguel Gomes. Mas novos talentos, incluindo a francesa, Coralie Fargeat, selecionada com o filme “A Substância”, protagonizado por Demi Moore e Margaret Qualley, também chamam a atenção.

A boa notícia do dia é que o iraniano Mohammad Rasoulof, na competição oficial com “The seed of the sacred fig”, que foi condenado a cinco anos de prisão em seu país poucos dias antes da abertura do Festival, conseguiu fugir e anunciou sua presença em Cannes.

Entre as grandes produções de Hollywood programadas este ano, fora da competição, está “Furiosa", de George Miller, o criador de "Mad Max". O quarto filme da saga pós-apocalíptica, explora as origens da heroína que apareceu em "Estrada da Fúria". Kevin Costner também volta a Cannes, fora da competição, com o faroeste “Horizon, An American Saga” (Horizonte, Uma Saga Americana).

Cerimônia de abertura

Os organizadores escolheram uma comédia para abrir esta 77ª edição. “Le Deuxième acte”, do francês Quentin Dupieux, um dos principais nomes do cinema francês da atualidade será exibido fora da competição. Estrelado por Léa Seydoux, Vincent Lindon, Louis Garrel e Raphaël Quenard, o longa promete divertir a seleta plateia do Palácio dos Festivais de Cannes.

No tapete vermelho, duas gerações de mulheres de Hollywood, a atriz Meryl Streep e a cineasta Greta Gerwig, diretora do megassucesso Barbie, marcam a cerimônia de abertura. Meryl Streep, que retorna a Cannes após uma longa ausência de mais de três décadas vai receber uma Palma de Ouro de Honra pelo conjunto da carreira. Greta Gerwig é a presidente do júri este ano. A cerimônia será apresentada pela atriz francesa Camille Cottin.

Apenas 20% de mulheres na competição

Como presidentes ou participantes dos júris das várias mostras, as mulheres estão bem representadas nesta edição, mas a paridade ainda está longe de ser alcançada entre os filmes selecionados na competição oficial.

Segundo o coletivo 50/50, apenas 20% de cineastas mulheres estão na competição 2024, depois de uma participação feminina recorde no ano passado que viu a francesa Justine Triet levar a Palma de Ouro com “Anatomia de uma Queda”.

Os organizadores se defendem dizendo que privilegiam a qualidade dos filmes. Eles lembram que o Festival de 2023 foi excepcional, com 35 mil pessoas credenciadas e filmes premiados que tiveram um sucesso internacional, e garantem que este ano vai ser igual.

Ameaça de greve e revelações de abusos no cinema

Todos os anos, Cannes também é palco de vários escândalos e reivindicações. Este ano, denunciando a precariedade da profissão, o coletivo de trabalhadores de festivais de cinema, “Sob as telas, a miséria”, convocou uma greve para esta terça-feira. Negociações estão em curso para tentar evitar que o movimento atrapalhe a festa.

Outra ameaça, é a revelação de uma nova lista com dez nomes de atores, diretores e produtores de cinema francês, suspeitos de abuso. A direção de Cannes leva a sério essa ameaça e teria contratado, inclusive, uma agência de comunicação especializada para responder às acusações. Um primeiro nome foi divulgado nessa segunda-feira pela revista Elle, o do célebre produtor francês Alain Sarde, que produziu filmes de Jean-Luc Godard e Roman Polanski.

As novas acusações surgiram na esteira da segunda onda do movimento #MeToo francês, iniciada pelas denúncias de Judith Godrèche. A atriz e diretora francesa apresentará em Cannes o curta “Moi aussi” (Eu também) que reúne testemunhos de vítimas de violência sexual no mundo do cinema.

Mas um momento que certamente fará unanimidade será a chama olímpica no tapete vermelho de Cannes. A tocha será carregada pelo atleta paralímpico francês Arnaud Assoumani, no dia 21 de maio, antes da exibição do documentário “Olympiques! La France des Jeux”, de Mickaël Gamrasni.

O Festival Internacional de Cinema de Cannes termina no sábado, 25 de maio.

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Adriana Brandão, enviada especial da RFI à Cannes

O Brasil está na disputa pela Palma de Ouro com “Motel Destino” de Karim Aïnouz, que está na competição pelo segundo ano consecutivo. Rodado no Ceará, estado natal do cineasta, o longa é uma “história de amor” protagonizada por Fábio Assunção. O curta “Amarela”, de André Hayato Saito, que aborda a discriminação contra pessoas de origem asiática, também está na competição oficial.

“Motel Destino” e “Amarela” são os únicos representantes da América Latina na disputa pela Palma de Ouro. Ainda na seleção oficial, na mostra Cannes Classic, a exibição da versão restaurada de “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues, em uma homenagem do festival aos 70 anos da produtora de Lucy e Luiz Carlos Barreto. Sem esquecer do documentário “Lula” sobre os anos de prisão e a volta ao poder do atual presidente brasileiro. O filme do veterano cineasta americano Oliver Stone será exibido fora da competição.

Em entrevista coletiva concedida na segunda-feira (13), véspera da abertura, o diretor-geral do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, elogiou a atual fase do cinema brasileiro.

Segundo ele, “tem algo no ar acontecendo no cinema brasileiro ao contrário da Argentina que passa por uma situação difícil”. Frémaux se disse “feliz de ver que Lula e seu governo permitem a volta com força e um novo dinamismo no cinema brasileiro” e concluiu enfático: “Bem-vindo de volta”.

Mostras paralelas

“Baby”, o segundo longa de Marcelo Caetano, descrito como um melodrama queer, integra a Semana da Crítica. O documentário “A queda do céu", de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, será exibido na Quinzena dos Cineastas. O longa sobre a cosmologia Yanomami é baseado no livro homônimo do xamã Davi Kopenawa e do antropólogo francês Bruce Albert.

Também na competição da Semana da Crítica, o curta “A menina e o pote”. A animação distópica é assinada por Valentina Homem. O longa “Moa”, do diretor cubano Marcel Beltrán, radicado em São Paulo, é um dos dez projetos selecionados pela Fábrica do Cinema do Instituto Francês, que tem o apoio da RFI.

Principais concorrentes à Palma de Ouro

“Motel Destino” concorre com obras de grandes nomes do cinema mundial. Ao todo, são 22 longas na disputa pelo prestigioso prêmio. Entre eles, o aguardado “Megalópolis”, o último filme do veterano diretor americano Francis Ford Coppola, vencedor de duas palmas de ouro.

Vale destacar ainda “The Shrouds” (Mortalhas); do canadense David Cronenberg, “Emilia Perez”; do francês Jacques Audiard; “Kinds of Kindness” (Tipo de Bondade), do grego Yórgos Láthimos interpretado pela atriz fetiche do cineasta Emma Stone, “Limonov”, do diretor russo dissidente Kirill Serebrennikov, ou “Grand Tour” (Grande volta) do português Miguel Gomes. Mas novos talentos, incluindo a francesa, Coralie Fargeat, selecionada com o filme “A Substância”, protagonizado por Demi Moore e Margaret Qualley, também chamam a atenção.

A boa notícia do dia é que o iraniano Mohammad Rasoulof, na competição oficial com “The seed of the sacred fig”, que foi condenado a cinco anos de prisão em seu país poucos dias antes da abertura do Festival, conseguiu fugir e anunciou sua presença em Cannes.

Entre as grandes produções de Hollywood programadas este ano, fora da competição, está “Furiosa", de George Miller, o criador de "Mad Max". O quarto filme da saga pós-apocalíptica, explora as origens da heroína que apareceu em "Estrada da Fúria". Kevin Costner também volta a Cannes, fora da competição, com o faroeste “Horizon, An American Saga” (Horizonte, Uma Saga Americana).

Cerimônia de abertura

Os organizadores escolheram uma comédia para abrir esta 77ª edição. “Le Deuxième acte”, do francês Quentin Dupieux, um dos principais nomes do cinema francês da atualidade será exibido fora da competição. Estrelado por Léa Seydoux, Vincent Lindon, Louis Garrel e Raphaël Quenard, o longa promete divertir a seleta plateia do Palácio dos Festivais de Cannes.

No tapete vermelho, duas gerações de mulheres de Hollywood, a atriz Meryl Streep e a cineasta Greta Gerwig, diretora do megassucesso Barbie, marcam a cerimônia de abertura. Meryl Streep, que retorna a Cannes após uma longa ausência de mais de três décadas vai receber uma Palma de Ouro de Honra pelo conjunto da carreira. Greta Gerwig é a presidente do júri este ano. A cerimônia será apresentada pela atriz francesa Camille Cottin.

Apenas 20% de mulheres na competição

Como presidentes ou participantes dos júris das várias mostras, as mulheres estão bem representadas nesta edição, mas a paridade ainda está longe de ser alcançada entre os filmes selecionados na competição oficial.

Segundo o coletivo 50/50, apenas 20% de cineastas mulheres estão na competição 2024, depois de uma participação feminina recorde no ano passado que viu a francesa Justine Triet levar a Palma de Ouro com “Anatomia de uma Queda”.

Os organizadores se defendem dizendo que privilegiam a qualidade dos filmes. Eles lembram que o Festival de 2023 foi excepcional, com 35 mil pessoas credenciadas e filmes premiados que tiveram um sucesso internacional, e garantem que este ano vai ser igual.

Ameaça de greve e revelações de abusos no cinema

Todos os anos, Cannes também é palco de vários escândalos e reivindicações. Este ano, denunciando a precariedade da profissão, o coletivo de trabalhadores de festivais de cinema, “Sob as telas, a miséria”, convocou uma greve para esta terça-feira. Negociações estão em curso para tentar evitar que o movimento atrapalhe a festa.

Outra ameaça, é a revelação de uma nova lista com dez nomes de atores, diretores e produtores de cinema francês, suspeitos de abuso. A direção de Cannes leva a sério essa ameaça e teria contratado, inclusive, uma agência de comunicação especializada para responder às acusações. Um primeiro nome foi divulgado nessa segunda-feira pela revista Elle, o do célebre produtor francês Alain Sarde, que produziu filmes de Jean-Luc Godard e Roman Polanski.

As novas acusações surgiram na esteira da segunda onda do movimento #MeToo francês, iniciada pelas denúncias de Judith Godrèche. A atriz e diretora francesa apresentará em Cannes o curta “Moi aussi” (Eu também) que reúne testemunhos de vítimas de violência sexual no mundo do cinema.

Mas um momento que certamente fará unanimidade será a chama olímpica no tapete vermelho de Cannes. A tocha será carregada pelo atleta paralímpico francês Arnaud Assoumani, no dia 21 de maio, antes da exibição do documentário “Olympiques! La France des Jeux”, de Mickaël Gamrasni.

O Festival Internacional de Cinema de Cannes termina no sábado, 25 de maio.

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