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O que são deslocados por catástrofes climáticas?

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Tragédias como a do RS obrigam vítimas a migrarem para outras cidades

Entre as notícias referentes à catástrofe no Rio Grande do Sul, um termo começou a ser usado para se referir a uma parte da população da região. Milhares de gaúchos que perderam tudo com as enchentes têm sido chamados de “refugiados climáticos”. No entanto, para a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), essa denominação não é a mais adequada.

“Pelo ACNUR, refugiado é uma pessoa que foge de situações de violência, de violações dos direitos humanos, de conflito, e cruzam a fronteira. Deixam a proteção do seu país e fogem para outro país. Então, em contexto de desastres, a gente se refere mais a um termo de deslocamento por causa da mudança climática por causa dos desastres”, esclarece o representante do ACNUR no Brasil Davide Torzilli.

Devido à quantidade cada vez maior de eventos ligados à emergência climática, em todo o mundo tem aumentado o número de pessoas que se deslocam dentro do próprio país.

“Nos últimos 20 anos, pelo menos, a gente está vendo que os desastres estão voltando mais frequentes, são mais intensos e impactam um número mais alto de pessoas. A maioria das pessoas que se deslocam pelos efeitos dos desastres naturais se deslocam no interior do próprio país. Então elas já têm a proteção do Estado, mas claramente precisam de uma atenção particular, que enumeram uma série de ações que vão do acesso a serviços assistenciais, serviço de saúde, educação e, claramente, moradia”, aponta Torzilli.

Refugiados entre as principais vítimas

Torzilli ressalta que o Rio Grande do Sul é um estado que tradicionalmente serve de asilo humanitário para refugiados que tiveram que deixar seus países de origem, como Haiti e Venezuela, por causa de fome, violência ou desastres naturais.

“O Rio Grande do Sul é um estado no Brasil que recebe um mais alto número de refugiados. Nossas estimativas é que 43 mil imigrantes moram no Rio Grande do Sul. Então, o Acnur está muito engajado nessa pauta, em que as mudanças climáticas, os impactos dos desastres minam cada vez mais a resiliência de pessoas que já eram deslocadas por razões de conflitos ou de violência”, argumenta.

O representante do Acnur ressalta que essa população de refugiados tem mais dificuldades para se adaptar às catástrofes climáticas. “Tem menos resiliência, menos apoio na comunidade onde ele mora e também psicologicamente. Depois de ter passado por um deslocamento forçado, o refugiado se vê outra vez deslocado por um desastre, claramente tem um impacto muito forte”, revela.

A Agência da ONU para Refugiados tem como missão proteger e oferecer assistência às pessoas refugiadas e deslocadas em todo o mundo e tem se dedicado ao amparo das vítimas das catástrofes ambientais no Rio Grande do Sul e em outras partes do mundo.

“O que estamos trabalhando com vários governos ao redor do mundo é o tema de incluir o deslocamento em estratégias nacionais de resposta a desastre, mas também de prevenção, de mitigação dos riscos, também plano nacional de adaptação e resiliência”, explica.

Torzilli afirma que o fato de o Brasil ser a sede da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30) faz com que o país esteja dedicado a um plano de prevenção de novos desastres naturais. “É um país que tem olhado essa temática, preparando-se para a COP 30, ligado à prevenção de risco e adaptação aos efeitos da mudança climática, para ter a melhor assessoria existente em termo de planificação para a resposta de mitigação dos efeitos da mudança climática”, conclui.

Crédito da imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom – Agência Brasil

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Entre as notícias referentes à catástrofe no Rio Grande do Sul, um termo começou a ser usado para se referir a uma parte da população da região. Milhares de gaúchos que perderam tudo com as enchentes têm sido chamados de “refugiados climáticos”. No entanto, para a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), essa denominação não é a mais adequada.

“Pelo ACNUR, refugiado é uma pessoa que foge de situações de violência, de violações dos direitos humanos, de conflito, e cruzam a fronteira. Deixam a proteção do seu país e fogem para outro país. Então, em contexto de desastres, a gente se refere mais a um termo de deslocamento por causa da mudança climática por causa dos desastres”, esclarece o representante do ACNUR no Brasil Davide Torzilli.

Devido à quantidade cada vez maior de eventos ligados à emergência climática, em todo o mundo tem aumentado o número de pessoas que se deslocam dentro do próprio país.

“Nos últimos 20 anos, pelo menos, a gente está vendo que os desastres estão voltando mais frequentes, são mais intensos e impactam um número mais alto de pessoas. A maioria das pessoas que se deslocam pelos efeitos dos desastres naturais se deslocam no interior do próprio país. Então elas já têm a proteção do Estado, mas claramente precisam de uma atenção particular, que enumeram uma série de ações que vão do acesso a serviços assistenciais, serviço de saúde, educação e, claramente, moradia”, aponta Torzilli.

Refugiados entre as principais vítimas

Torzilli ressalta que o Rio Grande do Sul é um estado que tradicionalmente serve de asilo humanitário para refugiados que tiveram que deixar seus países de origem, como Haiti e Venezuela, por causa de fome, violência ou desastres naturais.

“O Rio Grande do Sul é um estado no Brasil que recebe um mais alto número de refugiados. Nossas estimativas é que 43 mil imigrantes moram no Rio Grande do Sul. Então, o Acnur está muito engajado nessa pauta, em que as mudanças climáticas, os impactos dos desastres minam cada vez mais a resiliência de pessoas que já eram deslocadas por razões de conflitos ou de violência”, argumenta.

O representante do Acnur ressalta que essa população de refugiados tem mais dificuldades para se adaptar às catástrofes climáticas. “Tem menos resiliência, menos apoio na comunidade onde ele mora e também psicologicamente. Depois de ter passado por um deslocamento forçado, o refugiado se vê outra vez deslocado por um desastre, claramente tem um impacto muito forte”, revela.

A Agência da ONU para Refugiados tem como missão proteger e oferecer assistência às pessoas refugiadas e deslocadas em todo o mundo e tem se dedicado ao amparo das vítimas das catástrofes ambientais no Rio Grande do Sul e em outras partes do mundo.

“O que estamos trabalhando com vários governos ao redor do mundo é o tema de incluir o deslocamento em estratégias nacionais de resposta a desastre, mas também de prevenção, de mitigação dos riscos, também plano nacional de adaptação e resiliência”, explica.

Torzilli afirma que o fato de o Brasil ser a sede da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30) faz com que o país esteja dedicado a um plano de prevenção de novos desastres naturais. “É um país que tem olhado essa temática, preparando-se para a COP 30, ligado à prevenção de risco e adaptação aos efeitos da mudança climática, para ter a melhor assessoria existente em termo de planificação para a resposta de mitigação dos efeitos da mudança climática”, conclui.

Crédito da imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom – Agência Brasil

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