Livro propõe diálogos feministas e antirracistas com crianças e adolescentes
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Obra de Bianca Santana aborda questões sociais, trabalhos domésticos e liberdade religiosa
O livro "Diálogos feministas e antirracistas (e nada fáceis) com as crianças" foi escrito pela jornalista Bianca Santana e ilustrado por Tainan Rocha. A ideia de abordar o feminismo e o antirracismo com o público infantojuvenil veio das conversas francas e generosas da escritora com os filhos.
“As crianças, [os] adolescentes, sabem o que está acontecendo no mundo ao redor. Então, tratar sobre feminismo e antirracismo é um modo de dialogar com crianças e adolescentes sobre o que está acontecendo, já que eles estão aqui nesse mundo, e também de a gente convidar todo mundo para as transformações necessárias”, afirma a mestra em educação pela Universidade de São Paulo (USP).
Conhecida por tratar de questões de raça e gênero para o público adulto, como escritora e nas redes sociais, Santana destina sua obra a esse novo público.
“A gente não pode fugir da profundidade que as crianças também merecem e desejam, mas sem deixar de acolher as crianças, sem abrir a possibilidade de mais conversas. Então, tratar das questões de raça e gênero para as crianças é muito importante, não só contar e informar, mas também acolher nessa certeza de que um dia o futuro vai ser diferente, de que um dia o presente vai ser diferente, que é o nosso futuro, e que isso depende de todo mundo, pessoas adultas e crianças também”, analisa a autora.
Ampliando o debate
Segurança, sistema prisional, política, educação e pautas sociais, como machismo e racismo, têm espaço no livro. No áudio, além de revelar outros detalhes da obra, Bianca Santana lê um dos diálogos do livro e explica a importância das ilustrações de Tainan Rocha para a compressão dos temas debatidos.
“A forma como ele ilustra amplia muito as possibilidades de conversa. Então, não é que ele desenha exatamente o que está escrito, e a gente tem a mesma informação em duas linguagens diferentes, a linguagem verbal e a linguagem visual. Muitas vezes, o desenho dele traz mais camadas de informação, de questionamento, de dúvida, que convidam para mais e mais diálogos”, explica Santana.
Clique no botão acima e ouça a íntegra da entrevista.
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